Uma longa história

Resumo alargado

1920 - 1930

Origem Institucional

1923 - Livro de atas da vereação do Concelho de Vila Nova da Barquinha, primeiro escrito que manifesta a intenção de organizar a Associação Humanitária e cujos signatários se constituíram em comissão organizadora (20Nov1923).

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1924 - Vários desenvolvimentos, nos quais se regista uma Assembleia Geral do Almourol Sport Club Barquinhense, em que por unanimidade, o Clube “ … se transformava em Associação dos Bombeiros Voluntários de Barquinha, tendo por fins organizar uma banda de música, um corpo de salvação pública (CSP), um grupo desportivo …”, ficou ainda decidido a constituição da Comissão Organizadora:

  • Presidente- José da Silva Júnior
  • Tesoureiro- Elísio Gomes
  • Secretário- José Filipe Rebordão
  • Vogais- António Baptista, Estêvão Marques Neto e Joaquim Rodrigues Serra.

 

1925 - Apresentação da Banda com 24 músicos e do Corpo de Salvação Pública com 5 elementos.

Primeira Sede-Quartel, cedido, e isenta de renda, por Luiz de Sommer, da Quinta da Cardiga constituído por sala de teatro, sala de ensaio, secretaria e Corpo de Bombeiros (Atual Centro Cultural de Vila Nova da Barquinha no Largo das Festas).

 

Registo dos primeiros Bombeiros, Manoel Valente e José Maia a que se seguiu o Comandante Henrique Marques da Silva Cardoso, Casimiro Barreiros, Manuel Condeço, Mário Marques e António Cardigos.

 

O primeiro regente da Banda foi Francisco Bonnefon, e os custos da aprendizagem do solfejo foram pagos pelos próprios aprendizes – 12$50 por mês.

 

1928 - Segundo Quartel, cedido pela Câmara Municipal localizado em frente à igreja da Vila (16Set1928).

 

1929 - Cerimónias fúnebres de transladação do Soldado António Gonçalves Curado, 1º Soldado Português morto em França em 1917 (18Ago1929).

Neste período o preço da quota mensal de sócio era de 1$00.

 

O CSP em 1926 (1925?). Ao fundo, componentes  da Banda.

1931 - 1949

Anos de afirmação e vitalidade

1931 - Em Setembro é publicado o Regulamento do Corpo de Salvação Pública (CSP).

 

1935 - Chegava, finalmente, à Estação da Barquinha o Pronto-socorro de marca "Hudson", de matrícula AA-65-87, em versão de camioneta que foi oferecido pelo sócio e prestigiado proprietário e comerciante local José Luiz Lourenço, foi o primeiro veículo motorizado na vida da Associação e do seu CSP (23Mai1935).

 

Carroçado por uma empresa de Aveiro, pelo custo aproximado a 7.000$00, seria escoltado festivamente em cortejo até ao Quartel, fazendo parte do seu equipamento: uma bomba, sarilhos com mangueira e agulheta, suportes para dois extintores, quatro lanços de escadas, dois machados de bicos, dois croques, dois gadanhos, duas enxadas e duas pás.

José Luiz Lourenço, primeiro Benemérito da Associação (Foi Comandante entre 1939 e 1947 e foi Presidente da Mesa da Assembleia Geral e do Conselho Fiscal).

 

1939 - Adquirida a Motobomba DKW, em exposição, por valor desconhecido comparticipado pela Câmara Municipal.

1945 - A propósito da deslocação para um incêndio, algures à Ponte da Pedra, reza a história que a este tempo de 1945,

"O Hudson, dirigindo-se a toda a velocidade para o sinistro, teve um acidente de que resultariam alguns danos pessoais. Ao fim de algum tempo, era um fartote de fotografias espalhadas pelo chão, que pertenceriam ao Henrique Santareno"!

 

Henrique Santareno, por sua vez, um dos membros da guarnição, daria o testemunho seguinte,

 

"Conduzia o carro o "Xico" Pereira. Ao cruzar-se com com uma carroça de Torres Novas, que vinha carregar água à Barquinha, teve que se atirar com as rodas para a valeta e catrapuz! Eu tive de saltar para fora pelo lado contrário, de tal maneira que parti o varão de protecção! Depois, já desmaiado, fui transportado para o Hospital da Barquinha pelo Capitão Tribolet, da Escola Prática de Engenharia, que no momento, ali perto, ministrava instrução a militares desta Unidade".

 

1946 - Em Outubro, foi comunicada à Câmara Municipal o início do Piquete Noturno.

 

1949 - Adquirida Motobomba Aspi, com motor Fiat, no valor de 35 000$00.

 

Registada muita atividade Cultural e Musical neste período.

1935.  Pronto-Socorro "Hudson",  primeiro veículo motorizado da Corporação, e respectiva guarnição, em frente do Quartelrks.

1950 - 1970

Novo Ciclo na Administração Associativa

1950 - Entrega forma da Chave da Sirene (09Jan1950).

 

Aprovados os primeiros estatutos da Associação por Alvará do Governo Civil de Santarém (20Out1950).

Efetuadas diligências e requisição para adquirir um telefone para a Associação (1950 a 1951).

 

1951 - Aquisição da 2ª viatura motorizada, Pronto Socorro Fargo (31Dez1951).

 

1952 - Adquirida uma bateria de jazz, por 1.000$00, que até há dois anos se encontrava ao serviço da Associação.

 

1955 - “Inauguração”, da 1ª Ambulância VW, AL-21-26 e novamente o “FARGO”, HE-12-05 depois de recuperado do acidente passado.

 

Esta cerimónia foi muito importante na altura, envolveu muitos convidados, desde entidades Militares a Associações, Corpos de Bombeiros, incluindo os Bombeiros Privativos das Fábricas Vieira da Cruz e da Matrena, o Inspetor de Incêndios da Zona Sul, Major Ribeiro Viana.

A Madrinha da primeira ambulância foi a Srª Julieta Condeço (15Mai1955).

 

Preçário de utilização da Ambulância:

  • Para o Hospital Local - 20$00;
  • Outros destinos, mínimo 20$00, mais 2$50 por km;
  • Sócios beneficiavam de desconto de 50%;
  • O pessoal que tripulava a ambulância era remunerado com a importância de 40$00 diários;
  • Ao longo dos tempos, várias entidades colaboraram para os mais necessitados não pagarem.

1956 - Foi recebido o 1º bote de madeira, com motor, cedido pelo Instituto de Socorro a Náufragos, passando a Associação a ter um Posto de Socorro a Náufragos (Jun1956).

 

1962 - Deliberado a compra da Casa anexa ao Quartel por 26.000$00, para apoio (15Out1962).

 

1969 - Deliberado por unanimidade a aquisição do prédio a Sul de r/c e 1º andar, com quintal e garagem, pelo valor de 100.000$00 (21Jan1969).

 

Viria a ser a Sede Própria da Associação e local de ensaios da Banda a partir de 30 de Abril, nesta altura desocupavam o edifício do Largo das Festas, onde funcionou a Associação durante 45 anos.

Entrada oficial da Associação para Sócia da Liga dos Bombeiros Portugueses, com o nº 342 (10Abr1969).

1951, Janeiro. A Banda no I Cortejo da Misericórdia

1971 - 1979

A década de setenta

1971 - A Associação adquiriu uma televisão para instalar na Sede, visando o entretenimento dos associados e do pessoal do Corpo Ativo (Jun1971).

 

1972 - A Direção decidiu adquirir um par de emissores/recetores (10Fev1972).

 Destacados dois Bombeiros para frequentar um Curso de Socorristas (Mar1972).

 

1973 - Comemoração do 47º Aniversário, em que pela primeira vez se procede à imposição de 30 medalhas da Liga dos Bombeiros Portugueses (02Dez1973).

 

1975 - Início da reestruturação da Liga dos Bombeiros Portugueses, nascimento das Federações Distritais (Set1975).

 

Início da distribuição de verbas do SNA- Serviço Nacional de Ambulâncias (Set1975).

Intervenção do Corpo de Salvação Pública num acidente de aviação, queda de Nord Atlas (Out1975).

Criado o Corpo Auxiliar Feminino, composto por 21 elementos (30Nov1975).

 

1978 - Participação de equipas da Associação, em provas de Atletismo.

 

1979 - Ocorreu uma “cheia” de grandes dimensões- apelidada de “Cheia do Século”, que inundou o Quartel (01Mar1979).

 

Decidido comprar uma Central Base e 2 rádios móveis para as ambulâncias (Out1979).

 


l975, Novembro. Uma imagem do CSP

1980 - 1986

Ciclo de Grande Vitalidade Institucional

 

1980 - Sobre proposta da Comissão do Bar, entre outras propostas, foi decidido comprar a primeira Televisão a Cores, sorteando o antigo por rifas com um limite mínimo de 20 mil escudos e ampliar o Bar para ser mais confortável (22Fev1980).

 

Admissão do primeiro motorista em regime de Permanência, por período de seis meses. De entre quatro candidatos, foi admitido o Domingos Manuel Simões (Mar1980 a Mai1980).

 

Aprovação do anteprojeto do futuro Quartel, por unanimidade, e solicitado à Câmara Municipal as diligências necessárias para a respetiva localização.

 

Primeiro Cortejo de Oferendas, em benefício da Associação que contou com a colaboração de Comissões Locais Organizadoras em Atalaia, Moita do Norte, Cardal, Vila Nova da Barquinha, Tancos, Praia do Ribatejo, Madeiras e Limeiras. Rendeu além de bens em espécie para utilização, cerca de 656.000$00. (14Jun1980).

 

1981 - A direção solicitou ao Comandante para montar numa ambulância, o primeiro sistema de oxigenioterapia, para garantir a qualidade necessária ao transporte de doentes e sinistrados.

 

Curiosidade: Foi também deliberado pela Direção atribuir um subsídio de 50$00 por noite a cada Bombeiro, que permanecesse de pernoita. Esta deliberação foi posteriormente anulada, face à rejeição unânime dos Bombeiros, que não aceitaram este esforço financeiro da Associação.

 

Realização de exercício junto à Câmara Municipal (Mai1981).

 

Admitidos para o quadro de funcionários um quarteleiro-motorista e ajudante de quarteleiro, Virgílio Gameiro e Alzira Gameiro (01Jul1981).

Primeiro Encontro de Bandas de V. N. da Barquinha, que foi um sucesso tanto pela participação como pelo fomento para a Escola de Música (11Jul1981).

 

Exercício com reposição histórica “Um fogo em 1925”, sendo este muito divulgado nos órgãos de Comunicação Social, nomeadamente na RTP (Dez1981).

 

1982 - Continuação de vários exercícios e atuações da Banda, na linha de ação “fomento e consolidação da imagem e missão dos órgãos estruturais da Associação”.

 

Estatutos atualizados pela primeira vez (08Nov1982).

 

1983 - Aquisição do primeiro autocarro Magirus, adquirido à Rodoviária Nacional;

 

1986 - O primeiro grande Acidente com um Pronto Socorro Ligeiro Todo Terreno, felizmente sem feridos graves, devido à agilidade da guarnição (Jul1986).

 

Reconhecimento no Aniversário, com diploma a um grupo de Senhoras que vinham dado o seu inestimável contributo à Associação.

Um pormenor  da Ambulância "Peugeot 504"  CZ-42-41

1987 - 2000

O Despertar de um Longo Sonho

1986 - Lançamento da 1ª Pedra para edificação da nova Sede-Quartel, atual quartel (14Dez1986).

Inauguração do 3º Quartel, presidida pelo 1º Ministro Cavaco Silva (21Mai1988).

 

1988 - Primeiro piquete noturno Feminino, nos Bombeiros Voluntários da Barquinha, e provavelmente de Portugal (03Ago1988).

 

1989 Posto de Reserva do INEM- Instituto Nacional de Emergência Médica.

 

1990 - Inauguração do Quadro Mural na área Social da Associação, alusiva à saída do Quartel “Velho” para o “Novo”, executado graciosamente por Paulina Vieira e Joaquim Vieira (13Jun1990).

1991 Simulacro de Acidente Ferroviário no Entroncamento (Jan1991).

 

1992 - Atribuição pela Liga dos Bombeiros Portugueses do Crachá de Ouro, ao Comandante Júlio Marques da Silva (Out1992).

 

1993 - O Serviço Nacional de Bombeiros atribui um subsídio para aquisição de 2 veículos tanque de grande capacidade, para apoiar o Dispositivo de Combate a Incêndios Florestais Distrital e Nacional (Abr1993).

 

Atribuído o galardão à Associação de “Membro Honorário da Ordem do Mérito”, pela vida e obra desempenhada até então (06Jul1993).

 

1995 - Primeira participação dos Bombeiros num programa televisivo “1 2 3”.

 

1997 - Primeiro Encontro de Mergulhadores de Lisboa e Vale do Tejo, em Abrantes (Mar1997).

 

1998 - Ações de sensibilização nas Escolas do Concelho.

 

2000 - Aprovado por unanimidade o primeiro Regulamento de Distinções Honoríficas da Associação (29Jan2000).

 

Bodas de Diamante, ano com diversas atividades, que decorreram de forma organizada e a abranger toda a comunidade. A população manifesta-se de forma entusiasta e empenhada, dos 8 aos 80 anos, valorizando o trabalho e a importância da Associação. 

 

Os 2570 Sócios pela primeira vez foram distinguidos de acordo com o Regulamento.

Foi editado o livro “75ª Anos de História 1925-2000 (Bodas de Diamante) ”, de autoria do Presidente da Direção em exercício, Major Júlio de Sousa Gomes, cuja dedicação, entusiasmo e persistência colocados no processo de busca, recolha e análise documental, estão esplendidamente retratados nesta publicação que serviu de referência histórica e sustentam esta exposição.

Uma fase da construção do Novo Quartel

2001 - 2014

A Consolidação Técnica da Associação

2001 - Grande investimento na consolidação do Corpo de Bombeiros através da formação técnica e apetrechamento de materiais, nas diversas áreas. Melhoria das condições de trabalho pelas sucessivas direções, privilegiando sempre a eficiência e a saúde financeira.

Missão internacional em Moçambique, em que participamos com um Barco e pessoal quando das grandes cheias.

 

Aumento significativo do número de ocorrências, nomeadamente o transporte de doentes, que ajudaram a financiar as atividade da associação.

 

A complexidade do socorro foi a motivação para todo o desenvolvimento neste início de século.

 

Os Estatutos da Associação são alterados pela segunda vez (28Jun2001).

 

2002 - Substituição do Veiculo de Socorro e Assistência a Acidentes, adaptado de uma ambulância do Corpo de Bombeiros, por um novo com as condições necessárias ao cumprimento desta missão, bem como de intervenção em Incêndios Urbanos (01Nov2002).

 

 Início da renovação das Ambulâncias de Socorro, adaptadas às novas realidades (25Nov2002).

 

2004 - Entrada ao serviço da Ambulância nova para Transporte de doentes (ABTD04), alterando a política de aquisição de ambulâncias em segunda mão, dos últimos anos (26Jul2004).

 

Arranque do projeto dos Infantes (formação da população entre 6 e 16 anos).

 

2005 - Adquirido Veículo Tanque com caraterísticas para combate urbano, transportes e aeronaves, VTTU02, que fez apoio na Base Aérea 3 (28Set2005).

 

2009 - Passagem a Posto INEM, assinatura de Protocolo e batismo da ambulância do INEM (24Ago2009).

 

2010 - Estatutos da Associação alterados pela terceira vez e são os que estão em vigor (22Jan2010).

 

2011 - Inauguração da ampliação do quartel, por forma a aquartelar todos os meios e criar condições para o reforço de pessoal no Verão com mais duas camaratas (21Mai2011).

 

2013 - Iniciou da prestação de serviço de cobrança de quotas por uma equipa constituída por três elementos (01Jan2013).

 

Uma viatura de Combate a Incêndios Florestais ficou completamente destruída num incêndio florestal com bastante intensidade na Atalaia, devido a progressão muito rápida do fogo e uma anomalia na tração da viatura. Não fosse a preparação técnica e a tenacidade da guarnição, teria sido uma tragédia (30Jul2013).

 

2014 – Não estando previsto a substituição da viatura de combate e incêndios destruída no incendio em 2013, a Associação adquiriu uma outra da marca Renault em segunda mão, para substituição, com o apoio da Câmara Municipal de V. N. da Barquinha (01Mai2014).

 


2015 - 2018

O Desenvolvimento das Estruturas e Processos de Emergência, Socorro e Transporte

2015 - O Comandante Carlos Gonçalves galardoado com o Crachá de Ouro da LBP, por motivos profissionais, essa as funções de Comandante do Corpo de BV que exerceu de forma muito meritória durante 24 anos, para passar a comandar os Bombeiros Municipais de Tomar (1fev2015). 

 

Entrada ao serviço do novo Veículo de Combate a Incêndios Florestal, marca MAN 78 - PT - 78 (VFCI 04), adquirida pela Autoridade Nacional de Proteção Civil e cedida à Associação (24mai2015).

 

No âmbito das Comemorações do 90º Aniversário é benzido Veículo de Combate a Incêndios Florestal, marca MAN 78 - PT - 78 (VFCI 04) que teve como padrinhos o Senhor João Caetano e a BV 1ª Elsa Madeira.

 

Por deliberada da Assembleia Municipal de Vila Nova da Barquinha, na reunião de 30 de setembro de 2015, a Associação é agraciada com a medalha de Honra do Município “pelo reconhecimento do exemplar percurso da sua existência de 90 anos ao serviço da comunidade e da proteção e socorro das populações, com uma atuação sempre caraterizada pela abnegação e pela notável solidariedade para com o próximo” (29Nov2015).

 

2016 – Mediante proposta, foi homologado pela ANPC e tomou posse como Comandante do Corpo de BV o Comandante Jorge Gama (12Jun2016).

 

Aquisição de uma ambulância nova (ABTM 10) que foi benzida no dia do 91º Aniversário da Associação, após a missa em homenagem aos Bombeiros falecidos e teve como madrinha a funcionária BV 1ª Classe Alzira Gameiro (04 Dez).

 

2017 - Após um período de formação, o Subchefe Rui Urbano tomou posse e passou a desempenhar as funções de 2º Comandante do Corpo de BV, sendo substituído na Equipa de Intervenção Permanente (01fev2017).

 

A Associação foi louvada pelo Major General Comandante da Brigada de Reação Rápida em cerimónia organizada para entrega do Diploma de Louvor no Comando da Brigada onde estiveram presentes altas entidades civis e militares. O documento reconhece o apoio prestado pela Associação nos últimos anos, no âmbito da categorização do Aeródromo Militar de Tancos – AMT (24Mar2017).

 

Após a realização de um exigente concurso de pessoal (5 provas) foram admitidos seis Bombeiros para o quadro de funcionários do Corpo de BV e um Bombeiro para a Equipa de Intervenção Permanente (01abr2017).

 

Foi a adquirido pela Associação, S. Marçal, o padroeiro dos Bombeiros Portugueses, cujo andor foi benzido pelo parco de Vila Nova da Barquinha e integrou a procissão por ocasião da Feira do Tejo (13jun2017).

 

Inauguração do painel colocado nos cemitérios do concelho em homenagem aos sócios, bombeiros e músicos falecidos, no 92º aniversário (02dez2017).

 

2018 – Em 16 de Março é inaugurada a página oficial da Associação (a mesma onde está a ler este texto), uma útil ferramenta de gestão e de divulgação.

              (...)

2017 - da esquerda para a direita, O Presidente da Câmara Municipal, Fernando Freire

O Comandante do Corpo de Bombeiros, Jorge Gama

O presidente da Associação, António Ribeiro

O Comandante da Brigada de Reação Rápida, Carlos Perestrelo

 

Extractos do livro "75 anos de História"

Da multiplicidade das acções desenvolvidas pelo Corpo de Salvação Pública e pela Banda, à Escola de Música; do Teatro, ao Grupo de Jazz; dos Saraus Dançantes, ou Bailes, aos Espectáculos Taurinos; das Verbenas e Festas Populares, às Festas Anuais, ou aos Espectáculos de Cinema; do Folclore, ao funcionamento de Esplanadas e Bufetes, bem como ao desenvolvimento de muitas outras actividades sociais e recreativas, há já muito para contar sobre a existência da Associação dos Bombeiros Voluntários de Vila Nova da Barquinha.

Bandeira do extinto Grémio Barquinhense

Fundada durante o regíme monárquico, constituía-se nesta Vila no ano de 1895 a mais antiga Sociedade do Concelho que chegara até próximo dos nossos dias, e que dava pela designação de Grémio Barquinhense. Esta associação, que no seio da população fora conhecida pelos nomes de "Clube Barquinhense", o "Clube" ou, simplesmente, "O Clube dos Ricos", viria a projectar a sua existência e actividade até cerca da década quarenta do nosso século, embora com nuances que apontam, inclusive, para a sua auto-extinção em 1908. Sendo a seu tempo olhada como uma sociedade de reconhecida selectividade, eram geralmente identificados como seus membros os indivíduos melhor posicionados entre os cidadãos do Concelho, cuja admissão apenas poderia ser aceite por deliberação específica da sua assembleia geral.

Evolução da Associação

Ao longo dos anos a associação humanitária dos bombeiros voluntários de Vila Nova da Barquinha foi adoptando uma simbologia própria, bem identificativa da sua identidade, fosse no âmbito social, desportivo ou cultural.
Alguns dos símbolos permaneceram na história e são, também eles, parte integrante dos que agora estão vigentes.

1925 - Apresentação do CSP e da Banda

Uma das primeiras imagens da vida associativa, talvez a primeira!

O primeiro quartel

Um aspecto da primeira Sede/Quartel no ano de 1925

A primeira Sede e Quartel da Associação funcionou num excelente edifício situado entre o tradicionalmente designado Largo de Festas e a Rua do Sal, então pertencente à Quinta da Cardiga. Aí havia estado sediado o Almourol Sport Club Barquinhense que, como na oportunidade já fora descrito, decidira a sua auto-dissolução, para se transformar em instituição de fins essencialmente humanitários, ou seja na Associação dos Bombeiros. No primeiro andar, encontravam-se instaladas a sala de reuniões da AG e da Direcção e a Secretaria. No andar térreo, alçado oeste, seria propriamente dito o Quartel do Corpo de Salvação Pública, depois Sala de Teatro da Associação e, no mesmo piso, alçado norte, funcionaria a sala dos ensaios da Banda de Música. Foi, pois, neste local muito privilegiado, que funcionou o Corpo de Salvação Pública até 15 de Setembro de 1928 e os restantes serviços da Associação durante, aproximadamente, quatro décadas e meia ou, se quisermos, o tempo durante o qual se consolidava e afirmava a importância do papel da Associação perante a comunidade.

O distintivo

Do que foi possível recolher, é facto que bem cedo fora adoptado e utilizado um distintivo identificador da Associação, caracterizado por um logotipo contendo dois machados do tipo romano, cruzados e encimados por um capacete, sob uma inscrição arqueada de "Associação dos Bombeiros Voluntários e sobre o topónimo "BARQUINHA", de acordo com a figura 8-A. Embora nada se conheça doutrinado sobre a emblemática associativa, este símbolo constituía-se como um distintivo bastante comum em algumas associações humanitárias na fase da sua organização e, até, com ligeiras modificações, adoptado como o emblema estrutural e histórico das mesmas instituições. Conquanto outros logotipos igualmente tenham sido imprimidos como identificadores da Associação, designamente nos anos trinta, prevaleceria durante muitos anos o uso deste distintivo sobre o papel de ofícios, a que se seguiriam, por vezes coexistindo, outros logotipos que igualmente se reproduzem, integrando já a escada, a mangueira, o engaço, o croque, a espia e o cornetim ou alguns destes elementos. Estes símbolos, em termos de inscrição no modelo de ofícios, perdurariam até cerca do início dos anos oitenta, altura em que fora substituído pela Fénix privativa da Liga dos Bombeiros Portugueses, concentrando as armas do Concelho, com a inscrição designadora da Associação. Antes do último símbolo descrito, todavia, ainda ocorreria o recurso ao uso de papel de ofício com dupla simbologia, isto é, um dos símbolos anteriormente designados – normalmente o último apresentado – eguido perpendicularmente, ou a par, do brasão da armas da Câmara Municipal.

1º distintivo

2º distintivo

3º distintivo

distintivo actual

A Bandeira-estandarte

Ao contrário do que seria de supor, não foi possível localizar até à conclusão do trabalho qualquer referência estatutária, acta ou documento institucional – como acontece com o distintivo – que defina ou minimamente aborde a temática referente ao Estandarte ou Bandeira da Associação. Apesar disso, tem-se como relativamente seguro que o Estandarte representativo da Associação, respeitante aos seus alvores, não chegaria ao nosso completo conhecimento. Apenas por simples observação feita sobre o símbolo que adorna aquela que parece ser a primeira ou segunda fotografia conhecida da Instituição, reproduzindo o Corpo Activo e o Corpo Auxiliar, – fig. 14 – sendo este a Banda de Música, na escadaria frontal da Igreja de Santo António, se poderá afirmar que ele terá sido caracterizado por um fundo de bandeira listado  horizontalmente, pelo menos a duas cores (branco e verde, porventura), contendo minimamente inscritos um capacete preto, estilizado, um lanço de escadas e um cornetim.

O Hino

A partir de Julho de 1929, era introduzido um novo Hino da Associação dos Bombeiros Voluntários da Barquinha, pelo regente Carlos Lopes da Fonseca, também sem letra conhecida, que ainda hoje se encontra em vigor como o Hino "oficial" da Associação, ao que se entende desde a sua adopção, talvez a partir daquela data.

Algumas fotos históricas

Créditos Fotos e Textos

Nada deste historial seria possivel relembrar, não fosse a dedicação, preserverança e uma estrondosa ligação aos bombeiros de Vila Nova da Barquinha, do Major Julio de Sousa Gomes. O autor do livro "Associação dos Bombeiros Voluntários de Vila Nova da Barquinha, 75 Anos de História – 1925-2000 – Bodas de Diamante", dedica em cerca de 378 páginas, dezenas de fotos históricas - algumas reproduzidas nesta página - num registo valiosíssimo que mostra os feitos e factos, documentados, revistos e comentados pelo autor. É assim de toda a justiça que se faça menção neste espaço à maior referência humana quando falamos dos Bombeiros Voluntários de Vila Nova da Barquinha. A ele, o nosso eterno obrigado.

Júlio de Sousa Gomes